quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Reflexões sobre as atitudes perante os maus (“Sermão da Montanha”).

Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis aos porcos as vossas pérolas, para que não suceda que eles as calquem com os pés, se voltem contra vós e vos dilacerem.
Podemos tomar isto como um alerta para uma prática madura do bem. Se dermos aos “cães” o que é santo poderemos está fazendo em nós um grande estrago, nos tornando impossibilitados de servir a quem realmente precisa do nosso apoio. Vendo nossas “pérolas” calcadas pelos “porcos”, nossa revolta pode ser tão grande que nos tornemos como os “porcos” também. Não dando aos “cães” o que é santo, estaremos preservando o que é santo em nós para quem de fato precisa recebê-lo. Então àquele HOMEM que orientou para oferecermos uma face a quem nos batesse na outra, e que também falou para amarmos aos nossos inimigos, parece ter sugerido uma aparente contradição. Por isso faz-se necessário perceber que não se trata de contradição. De fato, só poderemos amar nossos inimigos e dar a outra face, se tivermos a profunda condição de identificar quem são aqueles “cães”e aqueles “porcos”.
Só assim, dia após dia, poderemos ir apurando a posse e o uso do bem, e com isso seguir ampliando em nós o amor a nós mesmos e assim alcançarmos o sentido do amor ao próximo como a nós mesmos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário