Na gravitação universal nada segue para uma completude estática, nem para uma parada em algum momento. a permanencia em movimento é a própria essência do processo. O sentido real de tudo o que é vida é o evoluir. Sendo assim, sua lei maior não é ligada ao estático mas ao dinâmico. Não as partes separadas, para que se juntando depois, formem as grandes estruturas. Em sua essência prevalece a unidade em movimento. E nós como constituintes do todo universal, devemos nos sentir participantes em nossas evoluções no cotidiano. Nos nossos enfrentamentos e crescimentos pessoais, tanto temporais como em nossa espiritualidade atemporal.
Este é o sentido das percepções da vida através da visão quântica holística. O mecanicismo newtoniano continua sendo básico para o entendimento destas novas posições paradigmáticas. E continuará atendendo efetivamente dentro dos limites de determinadas exigências. Daí em diante pode trazer e tem trazido efeitos desagregadores para a evolução mundial. Hoje temos que procurar enxergar pela visão holística do novo paradígma em sua sinergia quântica, isto e: em composições físicas e extra-físicas, nas alternâncias do holomovimento, nos conscientizando das nossas posições de construtores e preservadores da vida junto aos demais seres constituintes do universo.
Para ilustrar estas nossas reflexões acima, apreciemos trechos de "Entre Dois Mundos" - Editora Martin Claret, São Paulo 1993, no livro "O Poder da Sabedoria" da coleção "O Poder do Poder" sob o título Libertaçao pela sapiência univérsica.
Filosofia,Yoga, Metafísica, Mística, Espiritualismo, Esoterismo - todas estas palavras, e outras similares, suscitam graves suspeitas no espírito de muitos homens do Ocidente. Parecem insinuar algo como escapismo, uma fuga das cruas realidades da vida e um refúgio para dentro de um idealismo utópico.
Mas o homem ocidental é terrivelmente realista, e não quer saber de filosofias idealistas,por mais belas e suaves que sejam. E não parece ter razão? O oriental, diz ele, nunca fez nada no campo da ciência e técnica, porque se enamorou de uma filosofia espiritualista e duma metafísica mística. Não descobriu átomos nem realizou viagens cosmonäuticas; não fabricou rádio, televisão, radar, locomotivas, aviões, automóveis - nada. De tanto suspirar pelo céu se esqueceu da terra. de tanto amar um Além futuro e
distante, se desinteressou pelo Aquém presente e próximo.
Não, não estamos dispostos a trocar o nosso materialismo eficiente por um espiritualismo ineficiente.
Assim pensam e falam milhares de homens sinceros, aqui no ocidente.
E todos eles têm razão - na base das suas premissas.
Mas... estas premissas são falsas, radicalmente falsas.
A premissa falsa está nisto: em pensarem que as coisas metafísicas sejam necessáriamente incompatíveis com as coisas físicas. Se assim parece ser de facto, assim não precisa ser de direito. Não é verdade em si que o homem que trata das coisas do espírito não possa tratar dinamicamente das coisas da matéria. Esse antagonismo dualista é fruto da nossa ignorância e duma visão incompleta da Realidade:
A Sapiência Univérsica, a Filosofia Cósmica, não afirma a metafísica à custa da física, não proclama a presença do espírito na ausência da matéria.
A Filosofia Univérsica estabelece a tese, 100% matemática e lógica: quanto mais intensamente o homem realiza a metafísica tanto mais perfeitamente pode ele realizar a física; a Filosofia verdadeira estabelece uma perfeita harmonia e complementaridade entre o mundo espiritual e o mundo material.
Se o nosso mundo material é ainda hoje tão imperfeito - e se o nosso mundo espiritual é ainda tão deficiente, é porque nem este nem aquele conseguiram fazer uma verdadeira síntese e simbiose entre as coisas da matéria e as coisas do espírito, entre as Facticidades externas e a Realidade interna.
Nem o Ocidente realizador nem o Oriente sonhador agiram universicamente, não puseram a constituição do Universo como base e diretriz da sua vida. (...)
Se o homem pensasse e vivesse universicamente, estaria em perfeita harmonia consigo, com Deus e com o mundo; não seria materialista nem espiritualista, mas sim universalista, ou melhor, universificado.
O que falta ao ocidental é a visão do UNO no meio do verso.
O que falta ao oriental é o interesse pelo VERSO.
O ocidental se derrama na pluralidade dos efeitos materiais.
O oriental se isola na unidade da causa espiritual. (...)
O homem ocidental, predominantemente diversitário, deve treinar a sua visão unitária, afirmando a soberania de sua substância una sobre todas as tiranias das circunstâncias múltiplas.
Esse treino unitário não é uma meta, mas é um método; não é um fim, mas um meio.
Muitos orientais vêem no mundo material uma simples ilusão, maya, irrealidade - e por isto não podem entusiasmar-se por ele - ninguém pode interessar-se por um fantasma. Para eles, a única Realidade está no mundo espiritual; não está aqui e agora; está no futuro e na distância. E como realidade e valor são homônimos, segue-se que o mundo presente das materialidades não tem para os espiritualistas valor algum. É por isto que os além-nistas nunca compreenderam os aquém-nistas, nem estes aqueles.
A humanidade vive em dois compartimentos estanques, em dois hemisférios ideologicamente separados,mecanicamente justapostos,sem nenhuma interpenetração orgânica: os materialistas do aquém - e os espiritualistas do além.
Mas não é esta a visão da Filosofia Cósmica, precisamente por ser uma visão harmoniosa do universo integral, que não é Uno nem Verso, mas Universo.
Estes trechos do "Libertação pela “Sapiência Univérsica", sinaliza para uma visão bastante clara do atual momento evolutivo do conhecimento humano, quando vem passando do paradígma mecanicista separativista, para o paradígma da unidade holística do universo como um único sistema energético.
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
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