Idéias que admitem dimensões extras físicas incomodam de frente o sentido tradicional da cultura cientifica do ocidente de bases cartesianas e mecanicistas. Considerar a pessoa humana componente de um contínuo energético infinito, como é o caso da psicoterapia de vivencias passadas de sentido holístico e transpessoal, exige pelo menos de quem se propõe a utilizá-las algumas considerações éticas.
Por isso sinto-me no dever de respaldar minhas opiniões em autoridades do mundo ocidental, tanto sobre o processo psicoterapêutico diretamente, como em relação às modernas visões científicas de sentido quântico.
Comecemos pelo doutor Morris Netherton, Phd da Association For Past-life Research and Therapy- Califórnia USA na introdução do seu livro “Vidas Passadas em Terapia” – “como psicólogo clinico (...) especializei-me numa técnica relativamente nova e não ortodoxa denominada (terapia das vidas passadas).Ela lida com as encarnações e conseqüentemente, com uma torrente de incidentes traumáticos que o inconsciente parece ser capaz de aflorar, os quais datam de séculos ou talvez de milênios”- “os povos ocidentais tendem a encarar a reencarnação em termos do oculto e do bizarro.A encarnação , porem, é parte do fundamento da filosofia praticada por 900 milhões de hindus, budistas e janaistas.””A Terapia das Vidas Passadas trata da reencarnação como um fato provado,o que certamente é diferente. Tenho serias duvidas de que a reencarnação possa jamais ser provada, realmente, não tenho interesse em prová-la ”.”A Terapia das Vidas Passadas não depende da “veracidade” da reencarnação, mas em deixar de lado a questão da “veracidade” de modo a trabalhar no sentido de sanar os problemas comportamentais do paciente.”
No prefacio da primeira edição americana deste citado livro, diz o doutor Walter Stiss - M.D (doutro em medicina).
“o doutor Netherton não propõe que A Terapia das Vidas Passadas exclua a necessidade de tratamento medico. Ela não pode curar um mal físico que já atingiu o corpo.porem médicos têm observado com freqüência que certos doentes sentem uma necessidade psicológica de suas enfermidades.A Terapia das Vidas Passadas pode ajudar o individuo a perceber de onde vem o seu apego a doença, possibilitando-lhe liberta-se dela.”
Outra grande autoridade mundial em psicologia das vidas passadas é o psicólogo inglês Roger J. Woolger, radicado nos Estados Unidos. Em seu livro “As Varias Vidas da Alma” deixa claro como a pessoa em estado de ampliação da consciência vai alem dos limites do alcance cerebral levando a lembranças a tempos bem anteriores a seu momento atual. Acompanhemos suas reflexões:
“enquanto estou sentando ouvindo cada cliente expor suas preocupações com a carreira, dinheiro, relacionamento, sexo, família ou qualquer outra coisa, exercito a capacidade de ouvir as outras historias – As historias que estão por trás ou por baixo da historia apresentada.Ao deixar minha imaginação intuitiva lançar uma rede maior, descobrir que, por trás de cada queixa pessoal - compulsivamente, medo de voar, impotência, preocupações com dinheiro, depressão, e assim por diante – existe historias mais antigas e mais complexas, com eventos freqüentemente muito mais devastadores e cataclísmicos do que os medos superficiais que meus clientes se acham enumerando.””quando ouço historia de um cliente também observo e entro em sintonia com sua linguagem corporal, alem de anotar com cuidado a historia de suas doenças físicas, observando principalmente quais os que estão de acordo com sua vida. Descobrir que para cada sintoma físico crônico – em particular aqueles que resistem ao tratamento convencional, como por exemplo, dor nas costas, ejaculação precoce, asma – embutido no sintoma existe uma historia mais antiga de desastre, privação ou morte violenta. As dores nas costas produzem imagens de punhaladas, espancamento, esmagamento, fraturas e de carga; a ejaculação precoce evoca memórias de vergonha, humilhação, tortura sexual; a asma trás consigo temores de afogamento, asfixia, morte por sufocamento e assim por diante.”
Não podíamos deixar de apresentar opiniões do doutor Brian Weisse este importante psiquiatra Norte-Americano, que em Miami possui clinica de grandes dimensões sobre a terapia das vidas passadas. Diz ele em seu livro “A cura através da Terapia de Vidas Passadas”.”um analista tradicional poderia achar que a lembrança de vidas passadas seria apenas uma fantasia psicológica ou projeção e embelezamento de um aspecto ou trauma de infância. Minha experiência e a de outros terapeutas que me escreveram sobre seus casos dizem o contrario. Lembranças, impulsos e energias de vidas passadas parecem formar ou criar o padrão da infância nessa existência. É simplesmente outra repetição ou reunião de padrões preexistentes. Na verdade, este fenômeno de inputs anteriores de vidas passadas aflorando na infância e repetindo-se uma vez mais é muito similar ao conceito de neurose e compulsão repetitiva que Freud formulava por hipótese (isto é, traumas ocultos no passado resultando nos sintomas presentes e precisando ser descobertos para aliviar estes sintomas ). Minha única discordância com a analise convencional sobre essa questão especifica é que o espaço de tempo para Freud era pequeno e limitado, precisando ser estendido alem desta existência para alcançar a raiz de alguns problemas. Quando este espaço é ampliado, costuma ocorrer rápidos e eficazes resultados terapêuticos. Como terapeuta ou paciente, você não precisa acreditar em vidas passadas ou na reencarnação para que a terapia de vidas passadas funcione. A prova está na eficácia. Mas de uma vez ouvi de um colega psicoterapeuta:”Ainda não sei se acredito nessa historia de vidas passadas, mas eu a utilizo e realmente funciona”.”
Escutemos mais uma vez o doutor Roger Wooger:
“minhas crenças pessoais, que aparecem de forma intermitente na seqüência do livro (As Várias Vidas da Alma) foram alimentadas pelos mestres da tradição psicanalista, em particular Freud, Jung e Reish e por meu contato com a tradição autêntica sobre a forma do Budismo Theravada, com sua prática de meditação vipassana.Intelectual e espiritualmente sinto mais afinidade com o que hoje se chama psicologia transpessoal, o movimento que procura percorrer a síntese entre as perspectivas psicologica e espiritual”(...)”mesmo hoje, ortodoxa como a psicologia froidiana do ego, o Behaviorismo e a psiquiatra procura exercer um controle monoteísta sobre as escolas alternativas que proliferam no campo da psicologia, tais como a abordagem reichiana, a gestalt, a parapsicologia e a visão feminista escolas que, em conjunto expressam o novo politeísmo. Estas novas heresias são perseguidas de forma sutil, pelas leis que regulam a licenciatura, pelas companhias de segura e pela pesquisa doutrinaria.A American Psychologial Association (Associaçao Americana de Psicologia) acabará excomungando toda essa área, como fez a alguns anos com a parapsicologia.”(...)”muitos seguidores contemporâneos de Jung parecem tão aterrorizado com “a maré negra do oculto” quanto Freud, a julgar pelo numero de associações Junguianas que, de forma educada, mas firme, excluíram-me de seus programas de conferências e workshops, depois que meu interesse pelas vidas passadas tornou-se conhecido.”
Pra finalizar essas complementações de apoio visando oferecer esclarecimentos sobre a psicoterapia das vivencias passadas escutemos Pierre Weil, este profundo estudioso da psicologia moderna.
“Pierre Weil doutor em psicologia pela universidade de Paris é nome consagrado na psicologia contemporânea, com mais de trinta obras publicadas em diversos idiomas. Graças à liderança de Pierre Weil e uma equipe de colaboradores de alto padrão, Brasília foi consagrada com a terceira Universidade da Paz do mundo, depois de Tóquio e Costa-rica.”
Caminhemos com Pierre Weil em seus esclarecimentos sobre os antigos e novos paradigmas das ciências em seu livro “A Mudança de Sentido e o Sentido da Mudança”.
“O Paradigma Newtoniano-Cartesiano:
Até bem pouco tempo, era ponto pacifico e bastante tranqüilizante o ponto de vista segundo qual a pesquisa científica devia se fundamentar no controle de nossos cinco sentidos e no raciocínio lógico indutivo e dedutivo. Um observador, emocionalmente neutro e impessoal podia assim descobrir fatos e leis; que podiam ser redescobertos por outros pesquisadores, permitindo uma validação consensual considerada indispensável; a possibilidade dessa validação por outros pesquisadores era e é ainda baseadas nas bem conhecidas leis da causalidade e do determinismo: Nas mesmas condições experimentais as mesmas causas produzem o mesmo efeito, e doto fenômeno tem uma causa da qual ele constitui um efeito. A lei de causa-efeito esta, por sua vez, fundamentada no paradigma newtoniano-cartesiano, cuja característica essencial e a de ser mecanicista, isto é, fundamentada na convicção de que todos os fenômenos podem ser reduzidos a partículas atômicas e que o universo todo funciona como uma máquina, em que o movimento são as peças solidas e matérias. Tanto para Newton quanto para Descartes, a causa última era Deus. Mas, pouco a pouco, este Deus externo morreu, ficando apenas as leis e concepções mecanicistas, cujos sucessos foram tais que permitiram ao homem ir à lua e desintegrar o átomo. Mas esta ultima operação levantou questões fundamentais, que culminaram no nascimento de um novo paradigma em física, enquanto as ciências biológicas e humanas, mais especialmente a psicologia e a medicina, que tinham largamente se inspirado no antigo paradigma da macrofísica do século XIX, continua até hoje imbuídas dele. Para os que estão interessados nos aspectos teóricos do desenvolvimento desse paradigma e em sua relação com o novo paradigma aconselhamos a leitura das obras de Fritjof Capra e de Basarab Nicolescu, ambos físicos especializados em altas energias. ”
“O Novo Paradigma em Psicologia:
Praticamente todos os grandes pioneiros da psicologia contemporânea, de William James a Carl Rogers, passando por Jung e Eysenck, têm se defrontado com conexões interpisíquicas fora do tempo e do espaço. Mas como todos eles estavam ou são ainda imbuídos do modelo newtoniano-cartesiano, a sua aceitação dos fatos ocorridos variou em conformidade com o grau de reducionismo do qual eles estavam compenetrados. Dos novos ramos da psicologia custaram a ser aceitos nas universidades e associações profissionais, justamente por que os fatos colhidos estavam em contradição com a lógica formal clássica. De um lado a parapsicologia levou muito tempo a ser aceita nos meios universitários “(...)”foi comprovada a existência de um fator “PSI” de natureza desconhecida, mas do qual se sabe que não se assemelha a nenhuma forma de energia conhecida. Este fator é comum às diferentes formas de percepção extra-sensorial (PES), tal como a telepatia, precognição e retrocognição, de um lado, e à psicosinésia ou ação da mente a distancia (PK). As diferentes formas de cura psíquica se enquadram nesta ultima categoria”(...)”o segundo novo ramo da psicologia, mais recente do que a parapsicologia é a psicologia transpessoal. Ela se ocupa das relações entre os diferentes estados de consciência e a realidade vivenciada neles. Mais particularmente ela estuda o estado de consciência propriamente transpessoal, tal como os místicos de diferentes culturas e épocas o vivenciaram e o vivenciam até hoje. As pesquisas realizadas até hoje mostram que se trata de um fenômeno cujas manifestações fisiológicas podem ser registradas com bastante precisam, a tal ponto que se pode precisar o início e o fim da entrada nesse estado de consciência. ”
Creio estar sendo claro com as colocações dessas autoridades, que estados de consciência superior existem, e podem ser alcançados por procedimentos psicológicos clínicos levando a pessoa a mais precisos diagnósticos e a processos de cura.
Psicoterapeuta Paulo de Moraes Marques
Formação em terapia regressiva em vivências passadas pelo Instituto Brasileiro de Vivências Passadas de São Paulo, 1992.
Formação em psicologia pela Universidade Católica de Pernambuco, 1977.
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quarta-feira, 21 de outubro de 2009
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